27.10.09
22.10.09
Se puder sem medo
Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava...
(Oswaldo Montenegro)
foto: marilena chociai
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava...
(Oswaldo Montenegro)
foto: marilena chociai
21.10.09
Alfabetização de idosos
Em Sulina, na região Sudoeste do Paraná, a parceria entre voluntários da comunidade e o poder público está conseguindo acabar com o analfabetismo entre jovens e adultos.
17.10.09
Sobre energias ruins...
Dizem que quando a gente gosta demais de algo acaba transmitindo energia para ele, boa ou ruim.
Às vezes a energia é tanta que o outro, quando muito frágil, não suporta.
É mais ou menos o que chamam de "olho gordo" ou "quebrante" nos bebês.
A criança fica assustada, tem espasmos, chora demais... coisas que toda mãe conhece bem.
Confesso que acredito muito nesta coisa de energia...
Hoje, por distração, tive a infelicidade de passar com o carro em cima da Peka, nossa cadelinha que encontramos abandonada na rua... Era o xodó da casa.
Como ainda era bebezinho, morreu na hora. Foi uma das piores sensações que tive na vida.
Os mais antigos dizem que quando a pessoa é "forte", está protegida contra as energias negativas, elas são canalizadas para o membro mais frágil da família, até mesmo para os animais.
Tive uma semana muito tensa, cheia de surpresas, de ansiedade.
Quero acreditar que o que aconteceu foi uma questão de energia, porque não posso suportar essa culpa.
Ontem mesmo recebi a bênção do Frei Policarpo, estava me sentindo tão bem.
Sei que existe uma lição ou um lado bom nisso tudo.
E que logo devo descobrir...
Às vezes a energia é tanta que o outro, quando muito frágil, não suporta.
É mais ou menos o que chamam de "olho gordo" ou "quebrante" nos bebês.
A criança fica assustada, tem espasmos, chora demais... coisas que toda mãe conhece bem.
Confesso que acredito muito nesta coisa de energia...
Hoje, por distração, tive a infelicidade de passar com o carro em cima da Peka, nossa cadelinha que encontramos abandonada na rua... Era o xodó da casa.
Como ainda era bebezinho, morreu na hora. Foi uma das piores sensações que tive na vida.
Os mais antigos dizem que quando a pessoa é "forte", está protegida contra as energias negativas, elas são canalizadas para o membro mais frágil da família, até mesmo para os animais.
Tive uma semana muito tensa, cheia de surpresas, de ansiedade.
Quero acreditar que o que aconteceu foi uma questão de energia, porque não posso suportar essa culpa.
Ontem mesmo recebi a bênção do Frei Policarpo, estava me sentindo tão bem.
Sei que existe uma lição ou um lado bom nisso tudo.
E que logo devo descobrir...
12.10.09
E a nossa geração?
Peguei plantão neste final de semana e tive o prazer de fazer a reportagem do encontro Geração 70, realizado em Pato Branco no domingo.
Tão bacana ver o pessoal que viveu a década de 70 por aqui, muitos moram em outras cidades espalhados pelo Brasil, se reencontrando, matando a saudade, rendendo homenagens a quem fez história na cidade.
Fiquei realmente emocionada com a alegria estampada nos rostos dos amigos se abraçando, contando histórias da vida.
Pelo que entendi, era uma moçada unida, na amizade, na cultura, no esporte e na boemia...
E a nossa geração?
Como estamos cultivando nossas amizades, nossa cultura, os nossos valores?
Que histórias teremos pra contar daqui alguns anos?
Voltei pra casa pensando no que de importante estou deixando para as novas gerações...
Diante de tantos bom exemplos, homenageados com o troféu "Geração 70", foi inevitável me sentir na mediocridade...
Porque tantas vezes trocamos a amizade por futilidades, valorizamos o supérfulo, esquecemos do próximo.
Vendo aquelas pessoas tão realizadas, pode parecer clichê, mas senti saudade do que ainda não vivi...
Tão bacana ver o pessoal que viveu a década de 70 por aqui, muitos moram em outras cidades espalhados pelo Brasil, se reencontrando, matando a saudade, rendendo homenagens a quem fez história na cidade.
Fiquei realmente emocionada com a alegria estampada nos rostos dos amigos se abraçando, contando histórias da vida.
Pelo que entendi, era uma moçada unida, na amizade, na cultura, no esporte e na boemia...
E a nossa geração?
Como estamos cultivando nossas amizades, nossa cultura, os nossos valores?
Que histórias teremos pra contar daqui alguns anos?
Voltei pra casa pensando no que de importante estou deixando para as novas gerações...
Diante de tantos bom exemplos, homenageados com o troféu "Geração 70", foi inevitável me sentir na mediocridade...
Porque tantas vezes trocamos a amizade por futilidades, valorizamos o supérfulo, esquecemos do próximo.
Vendo aquelas pessoas tão realizadas, pode parecer clichê, mas senti saudade do que ainda não vivi...
8.10.09
A lua da primavera
Vai alta no céu a lua da Primavera
Penso em ti e dentro de mim estou completo.
Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira.
Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.
Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelo campo
E eu andarei contigo pelos campos ver-te colher flores.
Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos
Pois quando vieres amanhã e andares comigo no campo a colher flores
Isso será uma alegria e uma verdade para mim.
(Fernando Pessoa)
foto: Marilena Chociai 09.10.09
Penso em ti e dentro de mim estou completo.
Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira.
Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.
Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelo campo
E eu andarei contigo pelos campos ver-te colher flores.
Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos
Pois quando vieres amanhã e andares comigo no campo a colher flores
Isso será uma alegria e uma verdade para mim.
(Fernando Pessoa)
foto: Marilena Chociai 09.10.09
COMO INVESTIGAR GASTO PÚBLICO
Acabo de ser selecionada pela ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo para um curso de especialização sobre Como Investigar Gasto Público.
Estou feliz e tenho certeza que vou contribuir muito orientando nossa população.
Grande abraço!!
Estou feliz e tenho certeza que vou contribuir muito orientando nossa população.
Grande abraço!!
3.10.09
O nosso mal estar
Eu não sei o que está acontecendo com as pessoas...
Vejo que estamos cada vez mais trancados em nosso mundinho, preocupados em ganhar a grana pra sustentar nossos desejos, em cumprir o horário do trabalho...
O que será que está faltando?
Freud, no Mal Estar das civilizações, sustenta que esta busca desenfreada por mais e mais, em vez de nos satisfazer acaba nos deixando ainda mais angustiados no final.
O problema está em aprendermos a gostar o que conquistamos. Às vezes eu me sinto culpada por conquistar, por ter mais do que os outros.
Por outro lado, vejo tanta gente que batalhou uma vida inteira e não se dá o direito de relaxar, de fazer uma viagem, gastar um pouco consigo mesma. Parece que planejamos como conquistar o que queremos mas não nos preparamos para o sucesso.
Eu acho que deveríamos dispensar à nossa vida pessoal a mesma dedicação que temos pela nossa carreira, pra não chegar ao sucesso profissional desequilibrados, com a alma vazia.
Eis o desafio!!!
Meus amigos sempre me dizem que sou uma mulher bonita, inteligente, admirada... bem sucedida profissionalmente.
E eu fico pensando: o que está errado então?
Por que me sinto assim tão vazia?
Sei que sou humana como qualquer outra pessoa, com mais ou menos estudo, dentro ou fora da Tv.
Quero ser tratada assim, sem cerimônias, sem medo de falar algo errado, de escrever com erros de português, de não saber a cotação do dólar...
Quero alguém que goste do meu sorriso, do meu cheiro...
Que ache graça quando eu deixo queimar o jantar.
Que leve meu carro pra oficina, porque acho que isso é coisa de homem.
Gosto das coisas assim, simples, sem feminismos nem machismos.
Coisas que sejam gostosas pra todos... mesmo que isso signifique abrir mão às vezes.
Isso é cuidar da alma!
E parece que esqueci desta parte quando planejei minha vida.
Pior é que percebo que este sentimento de frustração emocional que tenho é cada vez mais comum entre meus amigos.
Será que ainda temos tempo?
Vejo que estamos cada vez mais trancados em nosso mundinho, preocupados em ganhar a grana pra sustentar nossos desejos, em cumprir o horário do trabalho...
O que será que está faltando?
Freud, no Mal Estar das civilizações, sustenta que esta busca desenfreada por mais e mais, em vez de nos satisfazer acaba nos deixando ainda mais angustiados no final.
O problema está em aprendermos a gostar o que conquistamos. Às vezes eu me sinto culpada por conquistar, por ter mais do que os outros.
Por outro lado, vejo tanta gente que batalhou uma vida inteira e não se dá o direito de relaxar, de fazer uma viagem, gastar um pouco consigo mesma. Parece que planejamos como conquistar o que queremos mas não nos preparamos para o sucesso.
Eu acho que deveríamos dispensar à nossa vida pessoal a mesma dedicação que temos pela nossa carreira, pra não chegar ao sucesso profissional desequilibrados, com a alma vazia.
Eis o desafio!!!
Meus amigos sempre me dizem que sou uma mulher bonita, inteligente, admirada... bem sucedida profissionalmente.
E eu fico pensando: o que está errado então?
Por que me sinto assim tão vazia?
Sei que sou humana como qualquer outra pessoa, com mais ou menos estudo, dentro ou fora da Tv.
Quero ser tratada assim, sem cerimônias, sem medo de falar algo errado, de escrever com erros de português, de não saber a cotação do dólar...
Quero alguém que goste do meu sorriso, do meu cheiro...
Que ache graça quando eu deixo queimar o jantar.
Que leve meu carro pra oficina, porque acho que isso é coisa de homem.
Gosto das coisas assim, simples, sem feminismos nem machismos.
Coisas que sejam gostosas pra todos... mesmo que isso signifique abrir mão às vezes.
Isso é cuidar da alma!
E parece que esqueci desta parte quando planejei minha vida.
Pior é que percebo que este sentimento de frustração emocional que tenho é cada vez mais comum entre meus amigos.
Será que ainda temos tempo?
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Quem sou eu
- Marilena Chociai
- Pato Branco , Paraná, Brazil
- Jornalista da Rádio e Tv Educativa do Paraná - TV Paraná Turismo. Mestra em Comunicação - Produção Audiovisual pela Universidad Europea del Atlántico. Pós graduada em Produção de Documentário pela EICTV - Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba. Pós-graduada em Telejornalismo pela FAG. Graduada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Fadep. Funcionária da TV Sudoeste - Rede Celinauta de Comunicação entre os anos de 1992 e 2018.