Esta semana, na cadeia de Palmas, conheci o Pedro, Pedro dos Santos.
Era o Pedro, mas poderia ser qualquer um de nós.
Um homem tranqüilo, simples, 26 anos.
Trabalhador rural, amargurado pelo amor não correspondido.
Amor que destruiu um coração, que trouxe ódio e sede de vingança para o homem.
Pedro amava sua esposa.
Construiu um lar, formou uma família.
Para dentro de casa, orgulhoso, trouxe um amigo.
Era uma família feliz, o amigo gostava de estar entre eles.
O amigo era cada vez mais presente.
Tão presente que já nem precisava mais da presença de Pedro para estar lá.
Tornou-se íntimo. Presença constante.
Tão constante que a esposa confundiu-se.
Trocou Pedro pelo amigo, iludida foi embora com o outro.
Pedro, desiludido também decidiu partir.
Mas um dia voltou.
E quando voltou, a mulher amada vivia com o amigo na casa de Pedro.
Dormia com ela na cama de Pedro.
Ele tinha tudo o que Pedro perdera.
O sentimento confundiu-se no peito do homem.
Era posse? Era perda? Seria amor?
Pedro, possuído e cego pelo ódio decide se vingar.
Mata o amigo a queima roupa. Tem piedade da mulher.
Ela presencia tudo sem reação.
Pedro está na cadeia, arrependido da insanidade.
E quem somos nós pra julgar?
Quem nunca se sentiu trocado como o Pedro, que atire a primeira pedra.
Não julgo, não condeno, não absolvo.
Simplesmente entendo...
(esta história é um fato verídico, registrado em Coronel Domingos Soares no dia 01.12.09)
Um comentário:
Muito interessante esta historia.Temos que respeitar sempre as pessoas, porque quando se trata de amor,podemos realmente matar...
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