25.3.09

É... FILHOS CRESCEM

Depois de 13 anos, finalmente minha ficha caiu: meu filho cresceu!
E de repente, instigada por uma conquista dele em um concurso de fotografia do qual eu também participei, me peguei pensando em superação, em evolução.
É que nós, pais, temos a mania de nos achar onipotentes perante os filhos. Só entendemos que eles realmente são capazes de fazer coisas sem nossa interferência, quando eles nos superam. E foi justamente o que aconteceu comigo.
Descobri que meu filho tem talento e que o talento dele é infinitamente superior ao meu!
Tudo começou pela música: o garoto é capaz de tocar qualquer solo na guitarra sem o menor sacrifício enquanto eu fico decorando os acordes da bossa-nova. Depois foi no xadrez – a primeira vez que ele me venceu sem eu deixar foi uma sensação muito louca - e agora, na fotografia! Ele tem uma percepção que vai muito além da minha limitada preocupação com luz, enquadramento, técnica.
O que sinto hoje é um misto de orgulho e dúvida...
E isso acontece quando seu filho faz algo bem melhor do que você e sem o menor esforço.
Ou quando ele começa a explodir talentos em áreas que você nem imaginaria.
Quando você descobre que ele gosta de navegar pela net tanto quanto você e que usa o Orkut sem você saber, porque também tem amigos e, mesmo que você não queira, precisa enfrentar os desfios e perigos deste mundo.
Mas por que precisamos passar por isso? Acredito que seja porque a evolução dos filhos passa por superar o que nós, pais, achávamos que fosse a coisa mais importante do mundo.
Hoje vejo meu filho fazendo coisas que eu fazia, de maneira original e bem mais surpreendente.
É como se meu bebê estivesse dando seu grito de independência. É como se dissesse: “mãe, você fez tudo direitinho e eu posso fazer isso!”
É... filhos crescem e, como ouvi tantas vezes - mesmo resistindo em acreditar - eles são para o mundo.
O que nos resta é prepará-los para a jornada e para serem pessoas melhores, não só para o mundo, mas para eles mesmos, melhores até do que nós fomos ou somos, porque isso também será importante pra eles um dia.

22.3.09

ELE SIMPLESMENTE NÃO QUIS...


“Se ele não ligou nem marcou um novo encontro , não é porque é tímido, teve que viajar, perdeu seu número de telefone ou sofreu um acidente; é porque NÃO QUIS.”
Lendo a resenha do filme “Ele não está tão a fim de você” (He`s just not that Into You, EUA, 2009), levei uma porrada na cara enquanto lia essa frase.
Por sinal já li tanta coisa parecida em artigos sobre relacionamentos que até perdi a conta e a tal “porrada” já nem dói mais.
Mesmo assim ainda é difícil de encarar essa, não? Mas é assim mesmo que funciona...
Com 35 anos e muitas desilusões amorosas, ainda não aprendi a resistir à tentação de fantasiar depois de um primeiro encontro. Confesso que tento, resisto, mas no fim lá estou eu sonhando, como a grande maioria de nós, mulheres.
Então no dia seguinte o celular não tocaaaaaaa!
Bem, ele deve ter perdido o meu número... é, foi isso...
Que angústia. Será que decepcionei? Falei demais? Mas o papo foi tão empolgante pra mim (rsrsrsrs). Será que estava com mau hálito? Meu perfume era forte?
Uma semana depois... nadaaaaaa!
Sim, todas nós estamos sujeitas a ter uma desilusão assim. Talvez por isso já não me empolgo... TANTO (rs).
Não me empolgo, nem corro atrás. Mas também não consigo o que muitas vezes eu gostaria de continuar tendo.
Então eu pergunto: o que é pior? O que está certo ou errado?
Sei lá... A única coisa da qual tenho certeza é que vivo intensamente! E se o primeiro encontro parece perfeito, eu aproveito ao máximo sem me preocupar se o telefone vai tocar no dia seguinte.
Nesse ciclo vicioso de encontros e despedidas, continuo buscando alguém que me faça sonhar e quem sabe até correr atrás no dia seguinte...

26.2.09

Beleza & Competência se põe na mesa, SIM!!!

Nesta semana li uma entrevista na revista Veja com uma crítica americana de arte. Uma daquelas, tipo “dona da verdade”, que se tranca no seu mundinho superior e se acha no direito de criticar tudo.
Fiquei fula quando ela começou a criticar minha musa “Madonna”. Pôxa, eu acho Madonna tudo de bom, o show dela é o máximo, um espetáculo de produção, de música, de performance!!! Inovadora e corajosa como poucas (que ousam imitá-la)...
A “crítica de arte” admitiu que já admirou Madonna mas disse que a cantora parece ridícula só porque pega garotos! Qual o problema? Deixa ela se divertir!!!!
Pra terminar, criticou minha musa número 2: Angelina Jolie!!!
Pôxa! Jolie é a mulher mais linda do cinema, tá ganhando reconhecimento de tudo quanto é lado por suas atuações e agora essa mulher vem falar mal dela porque está envolvida com questões sociais????
Qual o problema? Se faz marketing com questões sociais é porque quer aparecer? Pois que apareça! Essa é a idéia, em benefício de todos...
A mulher disse na entrevista que ao invés de se envolver em causas humanitárias, Jolie tem que estudar arte. Pra que?
Pra ser mais uma recalcada fechada no seu mundinho e criticando musas inspiradoras e poderosas como as minhas????
Ah, fala sério!!!!!

1.2.09

Entre a notícia e o ser humano

Neste final de tarde de sábado, 31 de janeiro de 2009, depois de um dia ferrado de plantão, o destino me colocou em conflito com a profissão que escolhi pra minha vida.
Ao retornarmos de uma reportagem a 90km de Pato Branco, eu e o cinegrafista José Carlos Tumelero fomos surpreendidos por um motorista irresponsável que tentou nos ultrapassar na faixa contínua e bateu de frente com outro veículo que vinha na mão contrária.
Só ouvi meu cinegrafista dizer: "vai bater" e jogar nosso carro pro acostamento.
Olhei pro lado e vi os carros virando um amontoado de ferragens.
Antes de descer avisei a polícia rodoviária e ao me aproximar percebi que havia vítimas muito graves. Uma menina de uns 10 anos estava desacordada e sangrava muito. Teve que ser levada por motoristas que passaram, não sei se resistiu...
Vi um garotinho de uns 2 ou 3 anos em pé, ao lado da mãe que ainda estava dentro de um dos carros. Ele chorava e pedia para não deixar que a matassem... Olhei o corpinho, não estava machucado com gravidade. Peguei no colo e tentei afastá-lo dali.
A mãe, com muita dor e dificuldade pra respirar, só conseguiu pedir pra que eu cuidasse dele...
Ela foi levada pelos socorristas, ainda não sei o estado dela.
Acho que o destino me colocou ali porque consegui acalmar aquela criança, sem ninguém...
No outro carro, mais cinco pessoas feridas...
Depois de aproximadamente meia hora, quando todos estavam encaminhados, lembrei que sou uma jornalista e de quanto este trabalho significa na minha vida. Que naquela hora nem pensei em escolher entre fazer meu trabalho ou atender aquelas pessoas...
Também lembrei de tantas pessoas que tenho deixado de lado por causa dele.
Tantas pessoas que deixei de dizer que amo por causa da correria.
Tenho certeza de que meu trabalho me colocou naquele lugar na hora certa por alguma razão. Não era pra ser o nosso carro, não era pra ser eu, mas precisava estar ali.
Porque de alguma maneira Deus quis me mostrar o quando somos pretensiosos na profissão e tão frágeis como seres humanos...

Quem sou eu

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Pato Branco , Paraná, Brazil
Jornalista da Rádio e Tv Educativa do Paraná - TV Paraná Turismo. Mestra em Comunicação - Produção Audiovisual pela Universidad Europea del Atlántico. Pós graduada em Produção de Documentário pela EICTV - Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba. Pós-graduada em Telejornalismo pela FAG. Graduada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Fadep. Funcionária da TV Sudoeste - Rede Celinauta de Comunicação entre os anos de 1992 e 2018.